Geração 0 - Computadores Mecânicos
Pascalina, Blaise Pascal, 1642-44
Era um calculador que permitia efetuar operações de adição e subtração. Embora a operação fosse demorada podiam efetuar-se multiplicações e divisões pelo método das adições e subtrações sucessivas.
A máquina tem como elemento essencial uma roda dentada com 10 dentes (0 a 9) e cada uma dessas rodas corresponde às unidades, dezenas, centenas...
Era um calculador que permitia efetuar operações de adição e subtração. Embora a operação fosse demorada podiam efetuar-se multiplicações e divisões pelo método das adições e subtrações sucessivas.
A máquina tem como elemento essencial uma roda dentada com 10 dentes (0 a 9) e cada uma dessas rodas corresponde às unidades, dezenas, centenas...
Máquina de Liebniz, Gottfried Wilhem Leibniz, 1694 (concebida em 1673)
A máquina de Leibniz foi a primeira calculadora capaz de executar todas as operações aritméticas por meios puramente mecânicos.
No plano técnico, introduziu um número considerável de novidades: um inscritor que permitia colocar um número antes de o adicionar; um visor de posição; um acionador; um carro que permitia a adição e a subtracção numa posição fixa, a multiplicação numa posição móvel orientada para a esquerda, e a divisão em posição móvel orientada para a direita; um sistema de tambores dentados com comprimentos crescentes deslizando cada um sobre o seu eixo e substituindo dez roldanas independentes. A contribuição de Leibniz foi considerável e encontra-se na origem de uma linha contínua de invenções que se prolongou até ao século XX.
A máquina de Leibniz foi a primeira calculadora capaz de executar todas as operações aritméticas por meios puramente mecânicos.
No plano técnico, introduziu um número considerável de novidades: um inscritor que permitia colocar um número antes de o adicionar; um visor de posição; um acionador; um carro que permitia a adição e a subtracção numa posição fixa, a multiplicação numa posição móvel orientada para a esquerda, e a divisão em posição móvel orientada para a direita; um sistema de tambores dentados com comprimentos crescentes deslizando cada um sobre o seu eixo e substituindo dez roldanas independentes. A contribuição de Leibniz foi considerável e encontra-se na origem de uma linha contínua de invenções que se prolongou até ao século XX.
Tear de Jacquard, Joseph Marie Jacquard, 1804
Jacquard construiu um tear automático, capaz de ler os cartões e executar as operações na sequência programada. A primeira demonstração prática do sistema aconteceu na viragem do século XIX, em 1801. Os mesmos cartões perfurados de Jacquard, que mudaram a rotina da indústria têxtil, teriam, poucos anos depois, uma decisiva influência no ramo da computação.
O sistema era constituído por um conjunto de cartões metálicos perfurados ligados uns aos outros por aros, também metálicos, criando uma "fita" contínua que avançava, cartão a cartão, sobre uma "estação de leitura".
Na "estação de leitura" um conjunto de agulhas metálicas caía sobre os cartões. A combinação de agulhas que passavam através de uma perfuração e as que eram impedidas de o fazer por não existir a perfuração correspondente constituíam um código binário para execução de uma operação.
Jacquard construiu um tear automático, capaz de ler os cartões e executar as operações na sequência programada. A primeira demonstração prática do sistema aconteceu na viragem do século XIX, em 1801. Os mesmos cartões perfurados de Jacquard, que mudaram a rotina da indústria têxtil, teriam, poucos anos depois, uma decisiva influência no ramo da computação.
O sistema era constituído por um conjunto de cartões metálicos perfurados ligados uns aos outros por aros, também metálicos, criando uma "fita" contínua que avançava, cartão a cartão, sobre uma "estação de leitura".
Na "estação de leitura" um conjunto de agulhas metálicas caía sobre os cartões. A combinação de agulhas que passavam através de uma perfuração e as que eram impedidas de o fazer por não existir a perfuração correspondente constituíam um código binário para execução de uma operação.
Arithmómetre de Thomas, Charles Xavier Thomas, 1818
Thomas inventou um calculador que permitia efectuar cálculos complexos, por pessoas pouco experientes, num intervalo de tempo reduzido.
A máquina de calcular foi concebida e desenhada de acordo com a Máquina de Pascal e os aperfeiçoamentos que lhe foram introduzidos por Leibnitz e podia efectuar as quatro operações aritméticas: adição, subtracção, multiplicação e divisão. Pelo posicionamento de uma alavanca o calculador era preparado para adicionar/multiplicar ou subtrair/dividir. Foi comercializado e utilizado até cerca de 1920.
Thomas inventou um calculador que permitia efectuar cálculos complexos, por pessoas pouco experientes, num intervalo de tempo reduzido.
A máquina de calcular foi concebida e desenhada de acordo com a Máquina de Pascal e os aperfeiçoamentos que lhe foram introduzidos por Leibnitz e podia efectuar as quatro operações aritméticas: adição, subtracção, multiplicação e divisão. Pelo posicionamento de uma alavanca o calculador era preparado para adicionar/multiplicar ou subtrair/dividir. Foi comercializado e utilizado até cerca de 1920.
Máquina Diferencial, Charles Babbage, 1820
Foi a primeira tentativa de se construir uma máquina de computação que fosse automática e adaptável em que se diminuíram os erros nas leituras dos resultados, pois ela imprimia-os em cartões perfurados e foi um dos pontos de partida para a indústria das máquinas.
Babbage inventou a Máquina Diferencial, pois estava preocupado com os erros contidos nas tabelas matemáticas de sua época, assim, construiu um modelo para calcular tabelas de funções (logaritmos, funções trigonométricas, etc.) sem a intervenção de um operador humano.
Ao operador caberia somente iniciar a cadeia de operações e, a seguir, a máquina fazia os cálculos, terrivelmente repetitivos, terminando totalmente a tabela prevista.
Foi a primeira tentativa de se construir uma máquina de computação que fosse automática e adaptável em que se diminuíram os erros nas leituras dos resultados, pois ela imprimia-os em cartões perfurados e foi um dos pontos de partida para a indústria das máquinas.
Babbage inventou a Máquina Diferencial, pois estava preocupado com os erros contidos nas tabelas matemáticas de sua época, assim, construiu um modelo para calcular tabelas de funções (logaritmos, funções trigonométricas, etc.) sem a intervenção de um operador humano.
Ao operador caberia somente iniciar a cadeia de operações e, a seguir, a máquina fazia os cálculos, terrivelmente repetitivos, terminando totalmente a tabela prevista.
Máquina Analítica, Charles Babbage, 1833-34
Foi o projeto de um computador mecânico moderno de uso geral, feito pelo professor de matemática britânico Charles Babbage. Foi descrito pela primeira vez em 1837, mas Babbage continuou a trabalhar no projecto até sua morte. Devido a questões técnicas, financeiras, políticas e legais, o engenho nunca foi realmente construído.
Computadores de uso geral, logicamente comparáveis ao engenho analítico, só iriam surgir, de forma totalmente independente da pesquisa de Charles Babbage, cerca de 100 anos mais tarde.
Alguns acreditam que as limitações tecnológicas da época tornaram-se num obstáculo adicional para a construção da máquina; outros acreditam que a máquina poderia ter sido construída com sucesso, mesmo usando a tecnologia da época, se tivesse obtido um forte apoio financeiro e político. Em todo caso, a máquina seria enorme e extremamente cara.
Foi o projeto de um computador mecânico moderno de uso geral, feito pelo professor de matemática britânico Charles Babbage. Foi descrito pela primeira vez em 1837, mas Babbage continuou a trabalhar no projecto até sua morte. Devido a questões técnicas, financeiras, políticas e legais, o engenho nunca foi realmente construído.
Computadores de uso geral, logicamente comparáveis ao engenho analítico, só iriam surgir, de forma totalmente independente da pesquisa de Charles Babbage, cerca de 100 anos mais tarde.
Alguns acreditam que as limitações tecnológicas da época tornaram-se num obstáculo adicional para a construção da máquina; outros acreditam que a máquina poderia ter sido construída com sucesso, mesmo usando a tecnologia da época, se tivesse obtido um forte apoio financeiro e político. Em todo caso, a máquina seria enorme e extremamente cara.
Telégrafo de Morse, Samuel F. B. Morse, 1844
Morse iniciou em 1832, o desenvolvimento de um sistema telegráfico que utilizasse a energia eléctrica para transmitir sinais à distância. O dispositivo que inventou era muito simples. Era constituído por um transmissor que continha uma bateria, um interruptor de circuito - chave Morse - e uma pequena campainha que era o sistema receptor ligado ao emissor por um condutor elétrico a dois fios. Adicionando ao sistema um conjunto idêntico no local de receção, a transmissão podia ser realizada no sentido contrário. O sistema era muito simples, fiável e fácil de utilizar.
O código inventado por Morse para a transmissão era um código binário constituído por pontos e traços. O ponto correspondia a uma corrente eléctrica de curta duração e o traço correspondia a uma corrente eléctrica de longa duração. O código Morse continua a ser utilizado na atualidade.
Morse iniciou em 1832, o desenvolvimento de um sistema telegráfico que utilizasse a energia eléctrica para transmitir sinais à distância. O dispositivo que inventou era muito simples. Era constituído por um transmissor que continha uma bateria, um interruptor de circuito - chave Morse - e uma pequena campainha que era o sistema receptor ligado ao emissor por um condutor elétrico a dois fios. Adicionando ao sistema um conjunto idêntico no local de receção, a transmissão podia ser realizada no sentido contrário. O sistema era muito simples, fiável e fácil de utilizar.
O código inventado por Morse para a transmissão era um código binário constituído por pontos e traços. O ponto correspondia a uma corrente eléctrica de curta duração e o traço correspondia a uma corrente eléctrica de longa duração. O código Morse continua a ser utilizado na atualidade.
Tabuladora Hollerith, Herman Hollerith, 1890
Utilizando o princípio descoberto por Jacquard para comando automático de teares, Hermann Hollerith - funcionário do United States Census Bureau - inventou, em 1880, uma máquina para realizar as operações de recenseamento da população. A máquina "lia" cartões "de papel" perfurados em código binário e efetuava contagens da informação referente à perfuração respetiva. O sistema foi patenteado em 1884 e reduziu o tempo que demorava a processar a informação dos Censos.
A informação perfurada no cartão era "lida" numa Tabuladora que dispunha de uma "estação de leitura" equipada com um "pente" metálico em que cada "dente" estava conectado a um circuito eléctrico.
Cada cartão era colocado sobre uma taça que continha mercúrio e que estava conetada também ao mesmo circuito eléctrico do "pente".
Quando o "pente" era colocado sobre o cartão, os dentes que atravessavam as perfurações fechavam o circuito eléctrico que accionava os contadores respectivos. O contador visualizava o resultado da acumulação pela deslocação de um ponteiro sobre um mostrador.
Utilizando o princípio descoberto por Jacquard para comando automático de teares, Hermann Hollerith - funcionário do United States Census Bureau - inventou, em 1880, uma máquina para realizar as operações de recenseamento da população. A máquina "lia" cartões "de papel" perfurados em código binário e efetuava contagens da informação referente à perfuração respetiva. O sistema foi patenteado em 1884 e reduziu o tempo que demorava a processar a informação dos Censos.
A informação perfurada no cartão era "lida" numa Tabuladora que dispunha de uma "estação de leitura" equipada com um "pente" metálico em que cada "dente" estava conectado a um circuito eléctrico.
Cada cartão era colocado sobre uma taça que continha mercúrio e que estava conetada também ao mesmo circuito eléctrico do "pente".
Quando o "pente" era colocado sobre o cartão, os dentes que atravessavam as perfurações fechavam o circuito eléctrico que accionava os contadores respectivos. O contador visualizava o resultado da acumulação pela deslocação de um ponteiro sobre um mostrador.
Harvard Mark I, Howard Aiken, 1944
O MARK I era um computador, totalmente eletromecânico, construído em 1944 pelo professor Howard Aiken da Universidade de Harvard em Cambridge U.S.A.
O MARK I foi construído na sequência da celebração, em 1939, de um contrato entre a Marinha dos Estados Unidos da América (US Navy ) e a Universidade de Harvard para construção de um calculador de tabelas para uso na navegação. A IBM financiava a construção do calculador em 2/3 e o restante era financiado pela Marinha dos Estados Unidos da América.
O MARK I tinha cerca de 17 metros de comprimento por 2,5 metros de altura e uma massa de cerca de 5 toneladas. Quando em funcionamento, diz-se que reproduzia o ruído de uma grande sala cheia de velhinhas todas a tricotar ao mesmo tempo.
O MARK I trabalhava números com 23 decimais e realizava as quatro operações aritméticas. Dispunha ainda de sub-rotinas integradas que calculavam funções logarítmicas e trigonométricas.
Era um calculador lento demorando 3 a 5 segundos para efectuar uma multiplicação, mas era totalmente automático e podia realizar cálculos extensos sem intervenção humana.
O MARK I era um computador, totalmente eletromecânico, construído em 1944 pelo professor Howard Aiken da Universidade de Harvard em Cambridge U.S.A.
O MARK I foi construído na sequência da celebração, em 1939, de um contrato entre a Marinha dos Estados Unidos da América (US Navy ) e a Universidade de Harvard para construção de um calculador de tabelas para uso na navegação. A IBM financiava a construção do calculador em 2/3 e o restante era financiado pela Marinha dos Estados Unidos da América.
O MARK I tinha cerca de 17 metros de comprimento por 2,5 metros de altura e uma massa de cerca de 5 toneladas. Quando em funcionamento, diz-se que reproduzia o ruído de uma grande sala cheia de velhinhas todas a tricotar ao mesmo tempo.
O MARK I trabalhava números com 23 decimais e realizava as quatro operações aritméticas. Dispunha ainda de sub-rotinas integradas que calculavam funções logarítmicas e trigonométricas.
Era um calculador lento demorando 3 a 5 segundos para efectuar uma multiplicação, mas era totalmente automático e podia realizar cálculos extensos sem intervenção humana.
Geração 1 - Computadores com válvulas
A Geração 1 é marcada pela utilização de válvulas e pela necessidade de ser reprogramado a cada tarefa. Estes computadores implicavam um grande consumo de energia e acarretavam muitos problemas devido ao sobreaquecimento.
A válvula é um tubo de vidro, similar a uma lâmpada fechada sem ar no seu interior, ou seja, um ambiente fechado a vácuo, e contendo elétrodos, cuja finalidade é controlar o fluxo de eletrões. As válvulas aqueciam bastante e costumavam queimar com facilidade.
A válvula é um tubo de vidro, similar a uma lâmpada fechada sem ar no seu interior, ou seja, um ambiente fechado a vácuo, e contendo elétrodos, cuja finalidade é controlar o fluxo de eletrões. As válvulas aqueciam bastante e costumavam queimar com facilidade.
Colossus, Tommy Flowers, 1943-44
O Colossus foi o primeiro computador eletrónico digital do mundo que era programável. Foi criado durante a 2ª Guerra Mundial para ajudar na criptanálise.
Foi desenhado por Tommy Flowers, um engenheiro eletrónico do Post Office Researche Station (Dollis Hill).
Não tinha memória, para cada nova tarefa era necessário fazer alterações ao equipamento; não era uma máquina de propósito geral, estava programado para uma análise específica.
O Colossus tinha como principal objetivo fazer a criptoanálise dos códigos que eram enviados da máquina alemã conhecida como “Enigma”.
O Colossus foi o primeiro computador eletrónico digital do mundo que era programável. Foi criado durante a 2ª Guerra Mundial para ajudar na criptanálise.
Foi desenhado por Tommy Flowers, um engenheiro eletrónico do Post Office Researche Station (Dollis Hill).
Não tinha memória, para cada nova tarefa era necessário fazer alterações ao equipamento; não era uma máquina de propósito geral, estava programado para uma análise específica.
O Colossus tinha como principal objetivo fazer a criptoanálise dos códigos que eram enviados da máquina alemã conhecida como “Enigma”.
ENIAC, Herman H. Goldstine, John Presper Eckert, John W. Mauchly e John von Neumann, 1945-46
O ENIAC (“Electronic Numerical Integrator and Computer”), foi anunciado como o primeiro computador elétrico digital eletrónico de grande escala, em 14 de fevereiro de 1946. O projeto era do Exército dos EUA e tinha como objetivo construir um computador para quebrar códigos de comunicação e realizar vários tipos de cálculos de artilharia, por exemplo, as trajetórias de mísseis com maior precisão, para ajudar as tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial.
O computador começou a ser construído em 1943, mas só foi terminado 3 meses após o final da Guerra. Foi usado durante a guerra fria, contribuindo por exemplo no projeto da bomba de hidrogénio. No final de 1945, seu primeiro teste - cálculos para avaliar a exequibilidade da bomba de hidrogénio - impulsionou o desejo dos militares de desenvolver a nova máquina. O ENIAC só foi apresentado oficialmente em fevereiro de 1946.
Dispunha de 18.800 válvulas de 16 tipos diferentes, 6.000 comutadores, 10.000 condensadores, 1.500 relais, e 50.000 resistências. Ocupava 3 salas com um total de 72 metros quadrados, era refrigerado por dois ventiladores movidos por motores Chrysler de 12 CV e tinha uma massa de cerca de 30 toneladas. Consta que, em média, tinha uma avaria em cada 6 horas de funcionamento.
O ENIAC foi o primeiro a realizar cálculos com velocidade que só a eletrónica permite e comprovou ser confiável para realizar aplicações complexas.
Mas, os custos de sua manutenção e conservação eram muito altos, pois em média, a cada 5 minutos alguma das válvulas se queimava, tornando necessárias manutenções frequentes. Além disso, o calor gerado por elas tinha que ser controlado através de um complexo sistema de refrigeração, além dos altos gastos com energia elétrica. Em 1955, um raio paralisou a máquina, já obsoleta. Foi desmontada.
O ENIAC (“Electronic Numerical Integrator and Computer”), foi anunciado como o primeiro computador elétrico digital eletrónico de grande escala, em 14 de fevereiro de 1946. O projeto era do Exército dos EUA e tinha como objetivo construir um computador para quebrar códigos de comunicação e realizar vários tipos de cálculos de artilharia, por exemplo, as trajetórias de mísseis com maior precisão, para ajudar as tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial.
O computador começou a ser construído em 1943, mas só foi terminado 3 meses após o final da Guerra. Foi usado durante a guerra fria, contribuindo por exemplo no projeto da bomba de hidrogénio. No final de 1945, seu primeiro teste - cálculos para avaliar a exequibilidade da bomba de hidrogénio - impulsionou o desejo dos militares de desenvolver a nova máquina. O ENIAC só foi apresentado oficialmente em fevereiro de 1946.
Dispunha de 18.800 válvulas de 16 tipos diferentes, 6.000 comutadores, 10.000 condensadores, 1.500 relais, e 50.000 resistências. Ocupava 3 salas com um total de 72 metros quadrados, era refrigerado por dois ventiladores movidos por motores Chrysler de 12 CV e tinha uma massa de cerca de 30 toneladas. Consta que, em média, tinha uma avaria em cada 6 horas de funcionamento.
O ENIAC foi o primeiro a realizar cálculos com velocidade que só a eletrónica permite e comprovou ser confiável para realizar aplicações complexas.
Mas, os custos de sua manutenção e conservação eram muito altos, pois em média, a cada 5 minutos alguma das válvulas se queimava, tornando necessárias manutenções frequentes. Além disso, o calor gerado por elas tinha que ser controlado através de um complexo sistema de refrigeração, além dos altos gastos com energia elétrica. Em 1955, um raio paralisou a máquina, já obsoleta. Foi desmontada.
EDVAC, John von Neumann, John Presper Eckert e John W. Mauchly, 1947
O EDVAC (Electronic Discrete Variable Automatic Computer) foi um dos primeiros computadores eletrónicos. Era diferente do seu predecessor (o ENIAC) pois utilizava o sistema binário e possuía a arquitetura de von Neumann.
O computador foi concebido para ter a adição binária, subtração e multiplicação, divisão programada e automática. Também possuia um verificador automático para até mil palavras. Fisicamente, o computador foi construído pelos seguintes componentes: uma unidade de leitura e gravação, uma unidade de controlo, uma unidade para receber instruções numéricas em pares de números e mantê-los na memória após confirmação com outra unidade idêntica, um cronómetro e uma unidade de memória dual.
Possuía também quase 6.000 tubos de vácuo e 12.000 válvulas, consumindo o equivalente a 56 quilowatts de potência. Ocupava 45,5m2 de área e pesava 7.850 kg.
O EDVAC (Electronic Discrete Variable Automatic Computer) foi um dos primeiros computadores eletrónicos. Era diferente do seu predecessor (o ENIAC) pois utilizava o sistema binário e possuía a arquitetura de von Neumann.
O computador foi concebido para ter a adição binária, subtração e multiplicação, divisão programada e automática. Também possuia um verificador automático para até mil palavras. Fisicamente, o computador foi construído pelos seguintes componentes: uma unidade de leitura e gravação, uma unidade de controlo, uma unidade para receber instruções numéricas em pares de números e mantê-los na memória após confirmação com outra unidade idêntica, um cronómetro e uma unidade de memória dual.
Possuía também quase 6.000 tubos de vácuo e 12.000 válvulas, consumindo o equivalente a 56 quilowatts de potência. Ocupava 45,5m2 de área e pesava 7.850 kg.
EDSAC, Maurice Wilkes, 1949
O EDSAC (Electronic Delay Storage Automatic Calculator) foi um dos primeiros computadores britânicos. Inspirado no trabalho de John von Neumann, a máquina foi construída por Maurice Wilkes e a sua equipa do Laboratório Matemático da Universidade de Cambridge em Inglaterra, em 1947, estando funcional em 1949. O EDSAC foi o segundo computador com programa digital e eletrónico a entrar em funcionamento.
Usava lâmpadas de mercúrio para a memória e válvulas para a parte lógica. A entrada de informação era feita através de cartões perfurados e a saída através de uma máquina de escrever eletromecânica.
A memória do EDSAC consistia em 1024 locais (apesar de inicialmente apenas terem sido implementados 512), cada um contendo 18bits.
O EDSAC (Electronic Delay Storage Automatic Calculator) foi um dos primeiros computadores britânicos. Inspirado no trabalho de John von Neumann, a máquina foi construída por Maurice Wilkes e a sua equipa do Laboratório Matemático da Universidade de Cambridge em Inglaterra, em 1947, estando funcional em 1949. O EDSAC foi o segundo computador com programa digital e eletrónico a entrar em funcionamento.
Usava lâmpadas de mercúrio para a memória e válvulas para a parte lógica. A entrada de informação era feita através de cartões perfurados e a saída através de uma máquina de escrever eletromecânica.
A memória do EDSAC consistia em 1024 locais (apesar de inicialmente apenas terem sido implementados 512), cada um contendo 18bits.
IBM 650, 1954
O computador IBM 650 foi disponibilizado publicamente, nos USA, pela IBM em Dezembro de 1954.
As dimensões da Unidade Central de Processamento - CPU - eram 1,5 m X 0,9 m X 1,8 m e a sua massa era de 892 Kg. As dimensões da unidade de alimentação eram idênticas, mas a sua massa era de 1.348 Kg. O sistema necessitava de uma potência eléctrica instalada de 22 KVA.
O IBM 650 dispunha de uma memória de tambor organizada em palavras - word - de dez dígitos decimais com sinal. A memória base tinha uma capacidade de 2.000 palavras - words -, mas podiam ser-lhe adicionados tambores até totalizar uma capacidade de 10.000 palavras.
O tambor dispunha de 200 cabeças de leitura/escrita em que cada conjunto de 5 cabeças lia ou escrevia 50 palavras.
Cada palavra podia representar um número decimal inteiro com sinal ou uma instrução.
O computador IBM 650 foi disponibilizado publicamente, nos USA, pela IBM em Dezembro de 1954.
As dimensões da Unidade Central de Processamento - CPU - eram 1,5 m X 0,9 m X 1,8 m e a sua massa era de 892 Kg. As dimensões da unidade de alimentação eram idênticas, mas a sua massa era de 1.348 Kg. O sistema necessitava de uma potência eléctrica instalada de 22 KVA.
O IBM 650 dispunha de uma memória de tambor organizada em palavras - word - de dez dígitos decimais com sinal. A memória base tinha uma capacidade de 2.000 palavras - words -, mas podiam ser-lhe adicionados tambores até totalizar uma capacidade de 10.000 palavras.
O tambor dispunha de 200 cabeças de leitura/escrita em que cada conjunto de 5 cabeças lia ou escrevia 50 palavras.
Cada palavra podia representar um número decimal inteiro com sinal ou uma instrução.
UNIVAC, John Presper Eckert e John W. Mauchly, 1955
O UNIVAC (Universal Automatic Computer) foi o primeiro computador produzido comercialmente para uso civil e fabricado em série. Foi desenvolvido pela “Remington Rand”, sob a liderança de Eckert e Mauchly.
A máquina ocupava 32,5m2 de escritório e pesava pouco mais de 7,2toneladas. Era acompanhado de um equipamento para impressão chamado UNIPRINTER que consumia 14000W de energia.
O UNIVAC tinha 5000 válvulas e era capaz de realizar até 1905 operações por segundo.
O UNIVAC (Universal Automatic Computer) foi o primeiro computador produzido comercialmente para uso civil e fabricado em série. Foi desenvolvido pela “Remington Rand”, sob a liderança de Eckert e Mauchly.
A máquina ocupava 32,5m2 de escritório e pesava pouco mais de 7,2toneladas. Era acompanhado de um equipamento para impressão chamado UNIPRINTER que consumia 14000W de energia.
O UNIVAC tinha 5000 válvulas e era capaz de realizar até 1905 operações por segundo.
Geração 2 - transístores
A segunda geração de computadores foi impulsionada principalmente pela substituição de válvulas por transístores. Os transístores mudaram radicalmente o processo de produção de computadores, eram 100 vezes menores que as válvulas, não necessitavam de tempo de aquecimento, consumiam pouca energia e já trabalhavam em microssegundos.
Além dos transístores surgiram também discos de armazenamento, fitas magnéticas e impressoras.
Além dos transístores surgiram também discos de armazenamento, fitas magnéticas e impressoras.
TRADIC, Jean Howard Felker e L. C. Brown, 1955
O TRADIC (Transistor Digital Computer) foi o primeiro computador a trabalhar com transístores nos Estados Unidos, terminado em 1955.
O computador foi construído por Jean Howard Felker dos Laboratórios Bell da Força Aérea dos Estados Unidos e tinha como engenheiro principal do projeto L. C. Brown. Inicialmente, o projeto analisou a viabilidade de construir um computador digital com transístores que pudesse ser transportado pelo ar. A segunda aplicação seria um computador digital com transístores para ser usado na Marinha.
Possuía cerca de 800 transístores, ao invés das antigas válvulas, o que permitia trabalhar com menos de 100W de consumo de energia. Com os transístores, o computador tornou-se mais rápido, leve e económico.
O TRADIC (Transistor Digital Computer) foi o primeiro computador a trabalhar com transístores nos Estados Unidos, terminado em 1955.
O computador foi construído por Jean Howard Felker dos Laboratórios Bell da Força Aérea dos Estados Unidos e tinha como engenheiro principal do projeto L. C. Brown. Inicialmente, o projeto analisou a viabilidade de construir um computador digital com transístores que pudesse ser transportado pelo ar. A segunda aplicação seria um computador digital com transístores para ser usado na Marinha.
Possuía cerca de 800 transístores, ao invés das antigas válvulas, o que permitia trabalhar com menos de 100W de consumo de energia. Com os transístores, o computador tornou-se mais rápido, leve e económico.
IBM 701, 1955
O IBM 701 foi o primeiro computador científico comercial da IBM.
O sistema utilizava armazenamento eletrostático, composto de 72 tubos de Williams com capacidade de 1024 bits cada, dando um total de memória de 2048 palavras de 36 bits cada. Cada um dos 72 tubos de Williams tinha três polegadas de diâmetro. A memória podia ser expandida para um máximo de 4096 palavras de 36 bits pela adição de um segundo conjunto de 72 tubos de Williams ou substituindo a memória inteira por memória de ferrite magnética. A memória de tubos de Williams e, posteriormente, a memória de ferrite tinham, cada uma, um tempo de ciclo de memória de 12 microssegundos. A memória de tubos de Williams necessitava de arrefecimentos periódicos, obrigando a inserção de ciclos de renovação no timing do 701. Uma adição necessitava de cinco ciclos de 12 microssegundos, dois dos quais eram ciclos de refresh, uma multiplicação ou divisão exigiam 38 ciclos (456 microssegundos).
O conjunto de instruções tinha tamanho de 18 bits, de endereço único assim distribuídos: sinal (1 bit), código da operação (5 bits) - 32 instruções e endereço (12 bits) - 4096 endereços de meia palavra.
Os números podiam ser de 36 bits ou de 18 bits, de sinal-magnitude, de ponto fixo.
O IBM 701 tinha apenas 2 registadores acessíveis ao programador: o acumulador com 38 bits de tamanho (adicionando 2 bits de overflow) e o multiplicador/quociente tinha 36 bits de tamanho.
O IBM 701 foi o primeiro computador científico comercial da IBM.
O sistema utilizava armazenamento eletrostático, composto de 72 tubos de Williams com capacidade de 1024 bits cada, dando um total de memória de 2048 palavras de 36 bits cada. Cada um dos 72 tubos de Williams tinha três polegadas de diâmetro. A memória podia ser expandida para um máximo de 4096 palavras de 36 bits pela adição de um segundo conjunto de 72 tubos de Williams ou substituindo a memória inteira por memória de ferrite magnética. A memória de tubos de Williams e, posteriormente, a memória de ferrite tinham, cada uma, um tempo de ciclo de memória de 12 microssegundos. A memória de tubos de Williams necessitava de arrefecimentos periódicos, obrigando a inserção de ciclos de renovação no timing do 701. Uma adição necessitava de cinco ciclos de 12 microssegundos, dois dos quais eram ciclos de refresh, uma multiplicação ou divisão exigiam 38 ciclos (456 microssegundos).
O conjunto de instruções tinha tamanho de 18 bits, de endereço único assim distribuídos: sinal (1 bit), código da operação (5 bits) - 32 instruções e endereço (12 bits) - 4096 endereços de meia palavra.
Os números podiam ser de 36 bits ou de 18 bits, de sinal-magnitude, de ponto fixo.
O IBM 701 tinha apenas 2 registadores acessíveis ao programador: o acumulador com 38 bits de tamanho (adicionando 2 bits de overflow) e o multiplicador/quociente tinha 36 bits de tamanho.
TX-O, 1956
O TX-O (Transistorized Experimental Computer) foi construído pelo “Laboratório Lincoln” do “Massachusetts Institute of Technology” (MIT), onde os pesquisadores começaram a testar a entrada de dados por meio de teclados nos computadores.
Usava 3600 transístores no seu circuito e, no seu design, usava também transístores de alta frequência da Philco que eram usados em computadores com grande velocidade.
O TX-O (Transistorized Experimental Computer) foi construído pelo “Laboratório Lincoln” do “Massachusetts Institute of Technology” (MIT), onde os pesquisadores começaram a testar a entrada de dados por meio de teclados nos computadores.
Usava 3600 transístores no seu circuito e, no seu design, usava também transístores de alta frequência da Philco que eram usados em computadores com grande velocidade.